sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Prévio Amor

Eu nunca tive você, nunca te vi, nem sei se você existe,
Mas sinto sua falta, saudade de seus olhos,
De sua presença de espírito, do poder
Curativo de seu hálito.

Hó universo! Traga-a para mim.

Como aqui ela em palavras manifesta-se
Em poesia, como aqui em palavras simplesmente
Manifesta-se em existência de sua essência
Ainda não advinda. Não desejo dela a perfeição
Humana, mas uma perfeição da forma que assim for.

Hó universo traga-a para mim.

Como posso sentir por ela o que um dia
Não me foi proporcionado, será isso
O futuro antecipado, o amor transferido
Pelo espaço tempo afetando-me me deixando
De ante mão elucidado?

Hó universo faça isso possível.

A loucura é comum aos poetas, aos eternos amantes
De suas próprias verdades ditas em metafísica, antes
De serem sucedidas, acreditadas na fé de serem um dia
Concedidas.
Meus olhos já te olham, meus lábios já te desejam
E até que tu se faças real, o que sinto já parece tão real quanto.