sexta-feira, 27 de março de 2015

Culpa lançada ao tempo (Universo particular, resultados quânticos e metafísicos)


Hoje é consequência de ontem, não em relação ao tempo, mas aos resultados mesmo.
Os fatos, pessoas, e acontecimentos do agora são tudo resultado inevitável de mim, até mesmo meus sentimentos, pensamentos e vontades, e é dessa forma que nos afeta os resultados de nossos pecados.

Se pudéssemos prever certas consequências antecipadamente evitaríamos o ato que no
 futuro dos resultados provocariam o resultado inevitável de nós mesmos.
O problema com o prever, é que nossos sentidos ancoram nossas vontades e atitudes no presente da existência.

A pouca ou nem uma intuição não nos deixa enxergar um minuto à frente, mas corroborando novamente aqui, não estou me referindo ao futuro aqui como tempo, mas sim como consequência; pois se sabe que o tempo e espaço são intimamente ligados e infinitos, podemos apenas calcular momentos por acontecimentos dessa infinidade.

O que conhecemos por tempo foi arranjado e ajustado para nossos sentidos de ser e estar, provocando a ilusão de existir agora, de esta aqui, de ter estado ontem e que estaremos após.
Diante dessas coisas, afirmo que sinto... , alias, afirmo que sou um vírus no organismo do espaço tempo, da infinidade, mas às vezes afirmo que controversamente me torno um colaborador quando por epifania me vem um pouquinho de entendimento sobre essas coisas.

Há tempos que realidade, na minha concepção de como a entendo se fundiu ao virtual das possibilidades infinitas e concretas, digo virtual porque nossa mente apenas tenta entender o essencial, mas só pode no mínimo virtualizar de muito longe o que realmente é.

Nesse exato momento em que estou aqui escrevendo estas palavras tenho vivido momentos de angustia, mas não me isento da culpa pelo que tenho vivido.
Assumo lucidamente que me fiz um vírus pro meu próprio sistema, desestabilizei meu próprio universo, tenho vivido tempos que até quando não sei...
Mas só espero que com o pouco que aprendi em minhas pesquisas e momentos de

Meditação, eu venha a retomar o equilíbrio de meu mundo, desse tempo que me resta em fim, espero que possa encontrar, ou melhor, me reencontrar nesse emaranhado paradoxal de tempo e pensamentos, preços e consequências, e o universo cósmico reorganize meu universo particular.

Sostenes Ponderando 

sexta-feira, 6 de março de 2015

Espero que tenha sido apenas um sonho!


Foi muito estranho, e aquela sensação que eu sentia era profundamente mórbida algo como um medo de alguma coisa, só que, controversamente esse medo vinha acompanhado de uma curiosidade. Medo e curiosidade, mas queria ver o que era e como era.
     De repente me vi em um edifício, mas especificamente no interior dele, bem no centro. Do ângulo em que me localizava eu me encontrava após uma porta, pelo lado de dentro pelo que pude perceber.
     A sensação estranha continuava lá, me impelindo e ao mesmo tempo me atraindo, por querer estar e não estar ali. Uma voz forte e sinistra falou de dentro de mim, como se fosse de dentro de meu subconsciente direto para meu cociente, que se, eu fechasse aquela porta e me afastasse o suficiente, quando eu desse os mesmos passos de volta e abrisse a porta, o outro lado não seria mais o outro lado.
     A voz me parecia muito convincente, mas meu impulso foi mais forte, fechei a porta, caminhei três passos para traz e parei. No exato momento em que parei me localizava bem no centro entre paredes daquele lugar, em seguida alguma coisa atrás de mim arrebatou meu sexto sentido, olhei e o que vi foi uma escadaria, mas ela não estava lá antes pelo que eu lembrava.

     Uma escadaria com degraus infinitos, tanto para baixo quanto para cima, essa escadaria era seguida por lances, lances de escadas. Inclinei-me, olhei para cima e depois para baixo, fiquei lá olhando por alguns segundos, percebi que a forma espiral daquela escada formava uma geometria fractal, (ver geometria fractal).
     Achei incrível, até por que nos últimos tempos eu vinha lendo sobre esse assunto, e para mim isso fazia todo sentido.
Susto...! De repente um homem cruzou comigo, ele vinha vindo descendo aqueles degraus, passou por mim calado e com a face enrijecida, em seguida outro homem também passou, mas esse me pareceu estar de bem, me olhou e anuiu simpaticamente sua cabeça. Os dois homens foram descendo e descendo, o que eu achei interessante, mas que me deixou mais pensativo do que eu já estava, era que suas vestes pareciam datar do século dezoito.
     Mas bem, depois de observar essas coisas me lembrei que precisava voltar, abrir a porta e sair dali, eu tinha que fazer isso mesmo não me lembrando de ter estado lá fora, tinha que fazer porque deduzi que, mesmo não me lembrando quando ou o por que estava ali, eu deveria voltar e sair.
     Foi o que fiz, caminhei os mesmos passos de volta até aporta, levei a mão ao trinco, girei e abri. Quando sai, mesmo não tendo me lembrado de quando, que horas ou por que estive lá fora, vi que estava tudo em seu devido lugar.
     As cadeiras de espera em um canto na parede, um balcão de informação vazio, as lâmpadas postas em sequência no teto, o ventilador pregado na parede do meu lado direito, o corredor grande com portas do lado e do outro, tudo parecia aparentemente normal, parecia... 
     Porém, algo no ar estava errado, no momento que sai, visualizei tudo e em seguida respirei, senti no próprio ar que tinha alguma coisa intrinsecamente diferente, algo que meus olhos carnais não conseguiam enxergar, mas meu sexto sentido me dizia que não estava certo, como se tudo ali não tivesse sido daquele jeito.
     Me senti inevitavelmente perturbado, de uma forma como se algo oculto ou invisível estivesse injetando de fora ou de algum lugar aquela perturbação direto para minha alma. Rapidamente retornei para dentro de novo, lá dentro também, visualmente nada havia mudado, mas fui tomado pela mesma sensação de quando estive lá fora, lá dentro já não era mais a mesma coisa, alguma coisa no ar, no próprio éter havia mudado.
     Senti uma profunda sensação de solidão e de estar perdido, desgarrado do mundo normal e pior, desgarrado de minha própria lucidez. O estranho era que até então eu não tinha focado bem as paredes, apenas tinha percebido elas lá, mas não as tinha fitado ainda, olhado bem perto.
     No desespero, resolvi descer aquelas escadas, não sei por que fiz aquilo se por mais que me esforçasse não era capaz de enxergar o fim dela.  Enquanto ia descendo cruzava com mais pessoas que desciam e subiam, pessoas caladas, meio que pensativas ou introspectivas unas bem afeiçoadas e outras de faces obscurecidas.
     E lá ia eu descendo e descendo, lance por lance daquela escada, me senti cansado, física e psicologicamente, parei, apoiei minha mão em unas das paredes para descansar foi só ai que percebi que ainda não tinha visualizado bem as paredes. Então olhei, só que quando a fitei bem de perto, percebi que elas não sustentavam sua forma, não tinha uma consistência em si, ficavam oscilando como se fosse um espelho de água ao vento, só que em pé, posto ali como parede.
     Isso fez como que eu quisesse descer as escadas mais rápido, e quanto mais rápido eu caminhava e ao mesmo tempo olhava para as paredes elas ondulavam. Eu estava assustado, e quis parar, foi quando percebi que eu não estava ficando cansado do físico, ma sim da mente, era um tipo de pressão continua.
     Descendo e descendo estava eu, quando de repente a voz falou de novo:
     --- (“...)” Cuidado, nem todos são pessoas, mas mantenha-se centrado, convença-os de que você esta convencido de que são.
Naquelas alturas eu já tinha certeza que não estava na realidade normal, aquele surrealismo me convenceu por total que eu estava em uma situação incomum do ponto de vista humano. Eu obedeci a voz, comecei a caminhar com mais segurança no fardo e nos passos, tentei não demonstrar em minha face o desconforto de minha mente.
     Descendo e descendo, olhando para fundo, desejando enxergar ao menos um sinal de chão, uma luz, o fim em fim e nada, e quando eu estava quase perdendo o controle a voz interveio:
     --- (...) “Não pare, continue, eleve seu espírito, confie em você mesmo, determine que você é capaz e simplesmente acredite.”
     Obedeci prontamente o conselho, continuei caminhado, seguindo todos os conselhos que a voz me deu, descendo e acreditando, olhando para frente e objetivando o fim, e foi incrível. Na medida em que eu ia fazendo isso, a minha frente pareceria que o espaço ia comprimindo-se de lá para cá, em meus próprios sentidos eu era capaz de sentir a distancia se encurtando, quando pensei que não, fim. Cheguei em “terra firme”.
     Ao chegar, o que pude ver foi um pequeno salão vermelho, isso mesmo, vermelho, teto, paredes, chão, móveis tudo vermelho. Ao fundo havia uma banda tocando blues, do meu lado esquerdo tinha um bar, até os copos e garrafa eram vermelhos também, no teto um ventilar grande, com hélices entalhadas em madeira, rodopiando vagarosamente.
     Outra estranheza era que, era um pequeno salão de eventos ou algo do tipo, eu enxergava bem as paredes dos quatro lados, mas na medida em que iam surgindo pessoas, que passeavam de um lado para o outro, aquele lugar ia se enlarguessendo, e quanto mais eu percebia aquele fenômeno e observando o movimento das paredes, elas iam se afastando e se movendo irregularmente cada vez mais.
     Comecei a curtir o som da banda que estava tocando, até por que sou musico e blues para mim é ritmo dos ritmos, a banda estava ao fundo, eu estava bem no meio do salão, no momento em que concentrei minha audição para entender os arranjos dos instrumentos me vi frente a frente com os músicos, fui transportado para perto deles.
     Os músicos tocavam alegremente e envolvidos ao ritmo, me olhavam e anuíam a cabeça positivamente, só que ao fitar os olhos do baixista e do baterista senti de novo aquela sensação, comecei querer me apavorar novamente, senti que aquela energia maligna que fluía das criaturas disfarçada de humanos naquele local era mais forte.
     Antes que eu pudesse me alterar, de novo a voz amiga me acalmou:
     --- (“...)” Calma, não esqueça, quanto mais eles estiverem convencidos de que você esta convencido você estará a salvo, controle-se”.
     Consegui me acalmar, fui até o bar e pedi um suco de melancia, sentei e fiquei no aguardo, curtindo o blues, passado alguns minutos, o suco chegou, aos goles e pensamentos me mantive sentado ao canto, indagando tudo aquilo.
      A voz outra vez veio para elucidar.
     --- (...) Esse edifício é uma dimensão, um tipo de dimensão que só se tem acesso em estado de inconsciência, dormindo, ou em coma. As portas são vórtices temporais instáveis que oscilavam de acordo com a presença de quem entram nelas, os eventos por traz dessas portas chegam ao impensável, e isso varia de acordo com cada individuo. A pessoa que estiver lá, ou vai ficar tranquila por que vai perceber que é um sonho ou vai se convencer de que é uma coisa real e é ai que as criaturas interdimensionais se dão bem, é disso que elas precisam para manterem as condições desse mundo, é dessas condições que elas se alimentam.
     “interessante”. Pensei comigo. Mas a grande questão era se eu iria sair dali?
     A voz me disse que sim, mas não iria ser fácil, eu precisaria alcança o nível pré ultimo de concentração, seria um nível de equilíbrio entre a normalidade e paranormalidade, um alto nível energização espiritual, alto patamar de concentração psíquica fazendo ser gerada um alto cumulo de força interior. Por fim isso deveria ser unido à força da energia psíquica focada do desejo naquilo que se quer.
     Comecei a exercitar, foi difícil, enlouquecedor, mas foi bom, por que na medida em que fui ficando prático em consequência disso as coisas em volta foram ficando mais claras, tanto visualmente quanto nos sentidos.
     A partir daí aquela sensação mórbida que me perseguia foi amenizando, ao mesmo tempo em que eu ia me tornando cada vez mais capacitado e com destreza nas situações, diante dos acontecimentos esquisitos que se sucediam vórtice após vórtice.
     Às vezes parecia que eu estava ali apenas há cinco minutos, e às vezes parecia que dias já haviam se passado anos, mas isso não importava, eu estava cada vez mais forte na alma e objetivado na mente, quando percebi que aquela sensação mórbida tinha me abandonado de vez, quando eu senti que estava confiante o suficiente dei inicio ao passo final de minha libertação.
     A passos firme caminhei toda a vida em frente, entrava em uma porta e saia em um corredor, ia até o fim do corredor e aparecia nas escadas, descendo, ao descer de repente me via subindo, subindo me via de novo no salão, caminhando pelo salão me via em outro lugar, e outro e outro. Visualizando sempre a diante, qualquer variação de pensamento ou sentimento significaria algum lugar diferente que não fosse o do meu objetivo.
     Caminhado e pensando, aprendendo e descobrindo as formas e armas contra o mundo aprisionador, tive uma intuição, após tela pus prontamente em prática. Comecei focar aquela porta que havia adentrado no inicio de tudo e desencadeado aquilo, a primeira porta, e a imagem na minha frente foi se destorcendo e me levando a ela, aos poucos lá na frente ela veio surgindo e surgindo até que me vi frente a frente, procurei não me emocionar de forma alguma, para não perder o controle.
     Levei a mão ao trinco, e girei, enquanto girava vagarosamente concentrei mina mente em estar fora dali, abri a porta, fui após ela e me vi em um corredor com portas do lado e do outro como tantos outros. Seguindo a intuição não entrei em nem uma outra porta, em vez disso comecei a andar pelo corredor, sempre a frente, pensando e almejando o lugar em que mais alegraria minha alma, o lugar que realmente meu intimo desejaria estar.
Objetivado e em passos firmes lá ia eu, quando as paredes começaram a tremular, perder suas formas e consistências, eu sabia que aquilo era alguma armadilha das criaturas interdimensionais, para desviar a atenção de quem quisesse escapar daquele pesadelo. Pensei em correr, mas não o fiz, respirei fundo e ousadamente, fechei meus olhos e firmei mais ainda meus passos, pensando e desejando aonde eu queria estar, quando abri os olhos...

    Ufa! Acordei. Ainda bem que foi só um sonho, mas quer saber? Tenho duvida que tenha sido só um pesado mesmo, mas para todos os efeitos, caso eu volte para lá, já sei como escapar, e se fosse vocês ficariam de olhos bem abertos, às vezes é melhor não dormir.