O que nos
torna humano? Essa é uma pergunta que nos faz automaticamente cair em
subjetivismo, ao falar sobre o que “nos faz humanos” vários aspectos vem à tona
naturalmente.
Podemos falar do fator biológico, psicológico,
morfológico, criacionista, evolucionista, espiritual e muitos outros, mas todos
esses “conceitos” englobam-se em uma só “filosofia”, a de pensar sobre o que
somos nós.
O
problema é que todos nós temos padrões psicológicos e por mais que tentemos
fugir deles é impossível não contaminar qualquer teoria ou “afirmação” sobre o
que quer que seja, mesmo assim, vamos em frente.
“Sentimento,
pensamento, carne e sangue, alma e espírito, é fatídico que estamos aqui, que
você leitor, esta ai, podemos sentir a existência”. “A realidade acontece no
memento em que consentimos”, porém realidade vai além de nossas percepções, eu
poderia entrar aqui em fatores metafísicos, quânticos e até mesmo místicos.
Mas o fato é que nem eu nem ninguém
podemos afirmar nada sobre nada que nós não criamos, não somos criação nossa,
portanto a verdade por hora e sabe-se lá até quando estará oculta. Por
enquanto, deixando de lado essas questões, vou focar aqui a questão consciência,
uma coisa que também cai em relatividade, por que qual seria a consciência de
um psicopata, por exemplo, ou de um esquizofrênico? Para eles a realidade, o
correto é o que lhes da prazer, logo suas consciências são deturpadas. Esses
são casos específicos, se bem que nos dias de hoje, com a crescente deturpação
dos conceitos e abandono dos bons preceitos não sei se posso afirmar se são
mesmo casos específicos ou isolados.
Pois bem, o fato é que esta na consciência
as intenções, os intuitos, “a verdade” de cada um, e mesmo que em certas
ocasiões tentemos por egoísmo ou ambição colocarmos o errado em um invólucro de
correto sabemos as naturezas das coisas. Acredito até que nosso nível de auto
corrupção e de honestidade depende também de tudo aquilo com que alimentamos
nosso intelecto afetivo, diga-se de passagem.
A consciência é a essência mais profunda
do Ser, do âmago, ouso ir além, digo que a consciência e alma estão
intrinsecamente ligadas, uma que se apoia na outra. Pode-se até fazer a
seguinte pergunta; quem é você o que você é quem sou eu o que eu sou quem somos
nós desde o momento da criação? E em seguida vem a resposta; talvez o que
defina seja a consciência de si mesmo, se há verdade objetiva por de ser que
sim ou pode ser que não. E é por isso que eu escrevo aqui sem impor afirmações,
sem o intuito de fazer inserção alguma, deixo em aberto às portas para que
você, eu, e todos quanto possível venhamos a ser, como disse Augusto Cury, sermos
engenheiros de ideias.
É claro que somos feito de muitas coisas,
mas bem que podemos ser psicólogos, professores e disciplinadores de nós
mesmos, isso não quer dizer que devemos ficar presos no tal “politicamente
correto”. Esse “conceito” é tão mentiroso quanto o que diz que dinheiro não
traz felicidade!
A tentativa pelo bem já prediz a
consciência em si, diz que apesar de nosso lado negro somos conscientes pelo
bem, se preocupar em ser bom já implica em ser bom.
A essência de ser o que somos vai muito
além das definições antropológicas, e por mais que eu busque palavras para
explicar, estou ciente que a profundidade disso é muita, uma vez que palavras
são limitadas na tentativa de explicar as verdadeiras essências.
Falando em profundidade, está ai uma das
coisas que podemos usar como porta para analisarmos nós, humanos. Profundidade,
viajamos nisso, ao fechar os olhos e mergulhar no mar do breu, escuro, tão
vasto e tão curto é como se estivéssemos dentro de nós mesmos, e alias, estamos
de fato.
Sente-se uma infinidade que não se pode
ter acesso, sentimos que existe muito mais de nós, muito mais em nós, mas que
não conseguimos ter contato. O que somos em nível de consciência, é algo
deveras metafísico, sabemos disso, esse fenômeno se manifesta quando sentimos,
sabemos que sabemos só que não conseguimos explicar.
É exatamente essa coisa estranha, essa
coisa incomodativa que nos impulsiona a querer entender e até caímos em
obscuridade, em introspectividade.
Ter consciência do que se é, e de todo sub
inconsciente intocado, de todo afetivo e de todas as sensações ainda não alcançadas
só faz termos uma portinha de ideia do que somos, do que poderíamos e
deveríamos ser.
Imagine como se nos rasgássemos de dentro
para fora, bem no meio do peito, e dentro saíssemos outro de nós, ou como se
fosse possível adentrar em nosso próprio Ser, navegar em tudo que tem lá.
Acredito que seria dada uma melhor
compreensão, quem sabe até um entendimento pleno. Sim, por que como já foi dito
aqui, palavras não tem o poder de expressar em plenitude, mas pensamentos junto
ao sentimento explicam bem. Mas só para quem sente no momento em que esta
sentindo, agora, imagine se fosse possível transferir tudo isso para outra
pessoa, de mente diretamente para mente e de alma diretamente para alma em
tempo real?
A compreensão do que quer que fosse seria
completa, e a partir daí a interação seria sólida, concreta. O que somos nós,
humanos, considerando a consciência disso nos lança em uma grandeza terrível.
Se fomos criados por Deus, isso quer dizer que uma consciência superior
infinita fez possível nossa consciência. Se fomos criamos pelo universo então
ele também seria uma consciência, por que algo inconsciente não pode criar algo
consciente.
A não ser que esse algo inconsciente tenha
sido no mínimo influencia indiretamente por algo consciente. E por ultimo, se
fomos fruto da evolução, o próprio sistema evolutivo estaria consciente das
devidas evoluções, mutações ou subsequências a ser evoluída.
Percebe-se que apesar de todos os aspetos
relevantes e inquestionáveis que nos faz humanos, a consciência antecede todos
eles, todos esses outros aspectos só se fazem ativos com a ação da consciência.
Acredito até que deva existir um tipo de consciência universal, que maestra,
que rege os universos e o hiperespaço que a tudo suporta, mas isso deixemos por
conta da física quântica.
Nós humanos, quem sabe um dia venhamos ter
acesso ao mais obscuro segredo do que somos nós, do por que fomos feitos, como
fomos feitos e o propósito disso. Um dia desses eu ouvi um comentário de um
judeu estudioso onde ele dizia que somos postos aqui, para fazer relação entre
essa nossa dimensão, que é a mais baixa, com todas as outras superiores até a
dimensão ultima superior que já se trata de plano espiritual. Apesar de que,
segundo ele toda e qualquer dimensão é um plano espiritual. Não querendo
desfazer dos argumentos do desse judeu estudioso, mas para que todas as outras
dimensões fossem planos espirituais, quem habitasse esses planos deveriam ter corpos
espirituais, ou não físicos, ou que não fossem contaminados com o pecado. É
claro que nós somos seres espirituais também, mas apenas no que compões a vida
em nós, o espírito, a alma, os sentidos, de resto somos carne, matéria. Porém
se formos cair na teoria de Einstein, a espiritualidade, uma vez que espírito
também é uma forma peculiar ou seja lá qual o tipo de energia, físico e
espiritual é apenas uma questão do estado de vibração. Falemos o que falemos
sobre nós, humanos, naturalmente, consciente ou inconscientemente caímos para o
estado de consciência. Bom, vou terminar aqui, mas apenas de escrever, em
seguida vou fechar meus olhos e continuar tentando acessar minha consciência
intrínseca e profunda, faça o mesmo, até a próxima.
Subjett