domingo, 24 de novembro de 2013

Nós, humanos

O que nos torna humano? Essa é uma pergunta que nos faz automaticamente cair em subjetivismo, ao falar sobre o que “nos faz humanos” vários aspectos vem à tona naturalmente.
      Podemos falar do fator biológico, psicológico, morfológico, criacionista, evolucionista, espiritual e muitos outros, mas todos esses “conceitos” englobam-se em uma só “filosofia”, a de pensar sobre o que somos nós.
      O problema é que todos nós temos padrões psicológicos e por mais que tentemos fugir deles é impossível não contaminar qualquer teoria ou “afirmação” sobre o que quer que seja, mesmo assim, vamos em frente.
      “Sentimento, pensamento, carne e sangue, alma e espírito, é fatídico que estamos aqui, que você leitor, esta ai, podemos sentir a existência”. “A realidade acontece no memento em que consentimos”, porém realidade vai além de nossas percepções, eu poderia entrar aqui em fatores metafísicos, quânticos e até mesmo místicos.
     Mas o fato é que nem eu nem ninguém podemos afirmar nada sobre nada que nós não criamos, não somos criação nossa, portanto a verdade por hora e sabe-se lá até quando estará oculta. Por enquanto, deixando de lado essas questões, vou focar aqui a questão consciência, uma coisa que também cai em relatividade, por que qual seria a consciência de um psicopata, por exemplo, ou de um esquizofrênico? Para eles a realidade, o correto é o que lhes da prazer, logo suas consciências são deturpadas. Esses são casos específicos, se bem que nos dias de hoje, com a crescente deturpação dos conceitos e abandono dos bons preceitos não sei se posso afirmar se são mesmo casos específicos ou isolados.
     Pois bem, o fato é que esta na consciência as intenções, os intuitos, “a verdade” de cada um, e mesmo que em certas ocasiões tentemos por egoísmo ou ambição colocarmos o errado em um invólucro de correto sabemos as naturezas das coisas. Acredito até que nosso nível de auto corrupção e de honestidade depende também de tudo aquilo com que alimentamos nosso intelecto afetivo, diga-se de passagem.
     A consciência é a essência mais profunda do Ser, do âmago, ouso ir além, digo que a consciência e alma estão intrinsecamente ligadas, uma que se apoia na outra. Pode-se até fazer a seguinte pergunta; quem é você o que você é quem sou eu o que eu sou quem somos nós desde o momento da criação? E em seguida vem a resposta; talvez o que defina seja a consciência de si mesmo, se há verdade objetiva por de ser que sim ou pode ser que não. E é por isso que eu escrevo aqui sem impor afirmações, sem o intuito de fazer inserção alguma, deixo em aberto às portas para que você, eu, e todos quanto possível venhamos a ser, como disse Augusto Cury, sermos engenheiros de ideias.
     É claro que somos feito de muitas coisas, mas bem que podemos ser psicólogos, professores e disciplinadores de nós mesmos, isso não quer dizer que devemos ficar presos no tal “politicamente correto”. Esse “conceito” é tão mentiroso quanto o que diz que dinheiro não traz felicidade!
     A tentativa pelo bem já prediz a consciência em si, diz que apesar de nosso lado negro somos conscientes pelo bem, se preocupar em ser bom já implica em ser bom.
     A essência de ser o que somos vai muito além das definições antropológicas, e por mais que eu busque palavras para explicar, estou ciente que a profundidade disso é muita, uma vez que palavras são limitadas na tentativa de explicar as verdadeiras essências.
     Falando em profundidade, está ai uma das coisas que podemos usar como porta para analisarmos nós, humanos. Profundidade, viajamos nisso, ao fechar os olhos e mergulhar no mar do breu, escuro, tão vasto e tão curto é como se estivéssemos dentro de nós mesmos, e alias, estamos de fato.
     Sente-se uma infinidade que não se pode ter acesso, sentimos que existe muito mais de nós, muito mais em nós, mas que não conseguimos ter contato. O que somos em nível de consciência, é algo deveras metafísico, sabemos disso, esse fenômeno se manifesta quando sentimos, sabemos que sabemos só que não conseguimos explicar.
     É exatamente essa coisa estranha, essa coisa incomodativa que nos impulsiona a querer entender e até caímos em obscuridade, em introspectividade.
     Ter consciência do que se é, e de todo sub inconsciente intocado, de todo afetivo e de todas as sensações ainda não alcançadas só faz termos uma portinha de ideia do que somos, do que poderíamos e deveríamos ser. 
      Imagine como se nos rasgássemos de dentro para fora, bem no meio do peito, e dentro saíssemos outro de nós, ou como se fosse possível adentrar em nosso próprio Ser, navegar em tudo que tem lá.
     Acredito que seria dada uma melhor compreensão, quem sabe até um entendimento pleno. Sim, por que como já foi dito aqui, palavras não tem o poder de expressar em plenitude, mas pensamentos junto ao sentimento explicam bem. Mas só para quem sente no momento em que esta sentindo, agora, imagine se fosse possível transferir tudo isso para outra pessoa, de mente diretamente para mente e de alma diretamente para alma em tempo real?
     A compreensão do que quer que fosse seria completa, e a partir daí a interação seria sólida, concreta. O que somos nós, humanos, considerando a consciência disso nos lança em uma grandeza terrível. Se fomos criados por Deus, isso quer dizer que uma consciência superior infinita fez possível nossa consciência. Se fomos criamos pelo universo então ele também seria uma consciência, por que algo inconsciente não pode criar algo consciente.
     A não ser que esse algo inconsciente tenha sido no mínimo influencia indiretamente por algo consciente. E por ultimo, se fomos fruto da evolução, o próprio sistema evolutivo estaria consciente das devidas evoluções, mutações ou subsequências a ser evoluída.  
    Percebe-se que apesar de todos os aspetos relevantes e inquestionáveis que nos faz humanos, a consciência antecede todos eles, todos esses outros aspectos só se fazem ativos com a ação da consciência. Acredito até que deva existir um tipo de consciência universal, que maestra, que rege os universos e o hiperespaço que a tudo suporta, mas isso deixemos por conta da física quântica.
     Nós humanos, quem sabe um dia venhamos ter acesso ao mais obscuro segredo do que somos nós, do por que fomos feitos, como fomos feitos e o propósito disso. Um dia desses eu ouvi um comentário de um judeu estudioso onde ele dizia que somos postos aqui, para fazer relação entre essa nossa dimensão, que é a mais baixa, com todas as outras superiores até a dimensão ultima superior que já se trata de plano espiritual. Apesar de que, segundo ele toda e qualquer dimensão é um plano espiritual. Não querendo desfazer dos argumentos do desse judeu estudioso, mas para que todas as outras dimensões fossem planos espirituais, quem habitasse esses planos deveriam ter corpos espirituais, ou não físicos, ou que não fossem contaminados com o pecado. É claro que nós somos seres espirituais também, mas apenas no que compões a vida em nós, o espírito, a alma, os sentidos, de resto somos carne, matéria. Porém se formos cair na teoria de Einstein, a espiritualidade, uma vez que espírito também é uma forma peculiar ou seja lá qual o tipo de energia, físico e espiritual é apenas uma questão do estado de vibração. Falemos o que falemos sobre nós, humanos, naturalmente, consciente ou inconscientemente caímos para o estado de consciência. Bom, vou terminar aqui, mas apenas de escrever, em seguida vou fechar meus olhos e continuar tentando acessar minha consciência intrínseca e profunda, faça o mesmo, até a próxima.
            
   Subjett
    


             

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