Os outros

Outros abraços são outras sensações, não é a mesma coisa
Outros olhares são outros fardos, não seriam nossas palavras em silêncio quando agente se olha.
Outros lábios seriam beijos, mas do hálito seriam outros cheiros, seria muito estranho ter que se reacostumar há tudo isso de repente

Histórias vem de tempos vividos de vidas ao tempo, como uma raiz que se aprofunda e alimenta uma planta, que dai então brota flores e frutos.

Tesouros não são encontrados em medidas rasas, é no mais profundo que se esconde as mais inestimáveis riquezas.


É na intimidade que se constrói, é com anos que se criam laços, é com defeitos superados, com "guerras" e paz, com palavras e silêncio, com "culpas" e desculpas.

O amor não é um papo corriqueiro de "momentos divertidos", não é o que parece "atraente no momento".
Não são palavras progamadas de intuitos e intentos ( intenções que só se sabe por dentro...!)

A confiança é como uma semente que germina, é todo um processo, o bem estar de estar junto dois como se fosse um é da semente o crescimento.

Corpos estranhos não se encontram, pode até haver sexo, não nunca terá unidade, pode até haver orgasmo, mas a "satisfação" será apenas de momento.

É bom sentir saudade de quem conhecemos, é tão bom poder confiar sem ter medo, é bom sorrir e sussurrar a altas horas da noite brincadeiras e segredos.

Eles nunca serão nós, existem tantas pessoas, mas nunca serão agente, da forma como acontece nunca será a mesma coisa, tudo seria diferente.

Sóstenes Nunes

R63 Fiel

A fidelidade está intrinsecamente ligada com a honra e a honra a fidelidade. Se não temos a capacidade de ser fiéis a quem está ao nosso lado, que dirá a Deus que está nos altos céus.

 Não existe tentação para quem é fiel, não existe o momento de fraqueza, não, a situação não faz o ladrão! (nesse caso ladrão de consciência) o pior de todos.

A índole benéfica é um dom, já nasce entranhada no cerne de quem é bom.
Mas podemos querer ser corretos, acertar é também a prática do exercício. Em essência primária todos somos bons o bem e mal é uma questão de escolha.

Pois bem...

No princípio era a perfeição e lúcifer era o mais honrado Ser depois do Pai, Filho e Espírito, quando um dado momento ele caiu. Ele tinha tudo e era o melhor da criação do que poderia ter sido feito.

Mas seu orgulho plantou a raiz da insatisfação em seu coração em seguida a queda, a traição. Em um "simples" ato foi da luz as trevas, e não foi só, levou consigo uma terça parte dos anjos, levou consigo quem acreditou nele.

Da mesma forma que a traição pareceu atraente e prazerosa para ele, assim foi a vista dos olhos dos que o seguiram, em seguida o suas faces decaíram sobre seus rostos.

Não foi o que parecia ser, o que lhes foi prometido não pode ser cumprido em seguida o arrependimento.

A quem diga que o fato dos anjos caídos possuírem as pessoas e até mesmo se esconderem nos elementos naturais é uma desesperada tentativa de fugir do sofrimento do tormento do lugar para onde foram lançados.

Pois é...

Mas e nós, onde poderemos nos esconder?
Se não temos o poder de fugir do juiz de nossa própria consciência. Nesse caso voltar atrás é uma sábia atitude, sempre há chance de mudar, existe sempre uma oportunidade de melhorar.

Porém, se nossa mente não nos condena, erramos e não conseguimos sentir a culpa do erro, então a doença da alma está crônica. Mas sempre há cura, não há enfermidade de espírito que Deus não possa tratar, ele nos ajuda na medida que ajudamos a nós mesmos. Porque não há quem possa ajudar quem não quer ser ajudado.

E na medida que vamos dizendo sim para o que é certo e não para o que é errado vamos nos tornando cada vez mais fortes.

E aquele vazio que parece que nada preenche, aquela falta de algo que não sabemos bem o que é, a insatisfação que nos leva a busca nos preencher que qualquer forma é preenchida.

Daí então a fidelidade com Deus, conosco mesmo e com os outros.

            Sóstenes Nunes