domingo, 28 de setembro de 2014

Se entendêssemos!

A nossa alma é intrínseca, nossa mente subjetiva, e tanto um quanto o outro esta suscetível ao tempo, é afetado por ele, ele nos afeta e nos interpreta, nos interpreta no sentido de que tudo é revelado pelo tempo, inclusive nós.
Mas nosso maior erro e achar que o tempo pode ser confinado dentro de um relógio, pode ter posto em cronologia, o tempo já vem de muito e vai para tempos infinitamente além.
Quem nós achamos que somos diante dessa esmagadora verdade? Nós não somos, apenas acontecemos com a permissão do tempo. É claro que estou sendo altamente limitado em meus argumentos sobre esse assunto tendo em vista a profundidade e mistério desse mistério, e se nos fosse permitido entender apenas um poquichinho a mais nos faltariam palavras humanas para descrever essas grandezas não humanas.
Digamos que a alma e a mente constituem nossos sentidos, e se nossos sentidos nos desse a percepção, nos desse a capacidade de sentir, ver e compreender o tempo como ele  é, talvez assim o afetaríamos ao mesmo que ele a nós, afetaríamos o passado, presente e futuro.

Ou quem sabe, desenvolveríamos um entendimento tal... que apenas deixaríamos fluir e fluiríamos junto ao tempo, na perfeição e plenitude sem em nada interferir.


Subjett

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Fios

Quando deixamos alguém, quando abandonados uma idéia ou simplesmente deixamos de crer, as coisas também nos deixam.  Estamos ligados ao universo, estamos ligados a todos e a tudo, isso quer dizer que o impensado poderia esta logo à frente na esquina da vida, e ao deixarmos de crer, ao abandonarmos, desligamos nossa mente e nossa vontade fios de acontecimentos vindouros se desconectam de nós.
Nunca saberemos, não poderíamos fazer idéia de tantas e tantas coisas boas ou até mesmo ruins que foram freadas, desviadas de nós a partir do desligamento, do abandono, e então toda nossa vida à frente e mudada.
Não vou dizer futuro, não creio no mesmo, acredito que o futuro acontece a cada milésimo que se passa, existe apenas consequência de atos, de pensamentos e de sentimentos. É claro que isso é metafísico de mais, demasiado fantasioso em um mundo de resultados, de práxis, por assim dizer. Infelizmente as pessoas só vêem, mas não enxergam, não sentem e não intuem, e é por isso que a “realidade” é tão dramaticamente concreta tão brutalmente sólida e ofensiva.
Achamos que somos dono do tempo, que o controlamos e o confinamos em cronologia, em horas e fatos,...fatos! Eu dou risada dos fatos, dou risada e ironizo por que os fatos não levam ao mundo das idéias, mas as idéias sim levam aos fatos.
E os que abandonam e deixam de crer eram esses mesmos que se sustentavam em fatos, sinto pena deles, pois não sabiam que o mundo dentro da cabeça deles não era o mundo em essência e em verdade ultima.
Quando desligados da essencialidade, moribundos no universo são também desprezados pelo que lhe faria ser o que era ser algo ou alguém, por que ninguém é por si só, mas pelo conjunto da criação, a unidade.   

É tão maravilhoso poder sentir o invisível, ver com os olhos da fé, não me refiro a fé dogmática, mas a fé intrínseca da certeza de que existe algo maior, e que nada foi, nada existiu por um mero acidente universal.  

18\09\2014
Subjett