quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Significado

Permita-me mergulhar em tuas águas
Desejo beber do teu liquido, do teu
Jardim secreto sentir o cheiro da flor
Do manto de tua pele a textura que
Minha mente só pode imaginar.
Permita-me por que tão divino quanto
 A sensação é a permissão e liberdade
Sobre o ser e sobre o templo do seu corpo
A importância não esta no que pode ser dito
Mas sim no que não pode ser traduzido
 E apenas sentido.

Subb

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

o convite

As águas tão brandas e escuras
As arvores da ribeira pendiam seu
Galhos sobre as águas fazendo sombras
Por sobre a suspeita superfície.
Negras e mansas águas, nem ao menos
Uma suspeita, o vento que tão misterioso
Quanto às águas beijava e em ondas a
Movia sutil, tão normal e imparcial
Quanto um psicopata, não ah como julgá-la
Não se sabe o que a submergido a baixo dela
Mas ela insiste em convidar ao mergulho, o toque
Molhado e umedecedor que arrepia desde onde
Foi dado o toque e por todo o corpo. É esse
Seu plano, algo como um pré orgasmo, ela que
Fazer crer que vai ser prazeroso e por fim
Abraçar com seus tentáculos gélidos e profundos.

Subb

O valor que já não é

Temo que esteja ficando tarde
E não haja mais tempo para o
Perdão, quando o sol se por, mas
O dia não amanhecer quer dizer
Que o horizonte jamais será
Visto novamente. A fraternidade
É o poder maior e as famílias a jóia
Mas rara, porém seus próprios
Membros tem deturpado os valores
E os horizontes não mostram mais
Promissidade de um futuro melhor.
O sustentáculo esta abalado e sua
Estrutura comprometida, os raios
Do sol quase não ultrapassam mais
As densas nuvens de desafetos e
As novelas estavam erradas as
Musicas de amor cantaram mentiras
Porém tudo ainda não acabou a tempo
Em quanto o tempo ainda não acabou.

Subb

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

A balança

Abutres, por que se alimentam
Da morte alheia, causando a
Desvida quando lhes foi dado a confiança
Desprovidos de humanidade e por
isso mesmo destituídos de misericórdia.
A justiça esta do lado de fora
Mas chave já foi posta na fechadura
E quando a porta for aberta não
Haverá desculpas, não haverá acordos
 Todo julgo por fim será lançado ao pó.
A carne podre que envolve as almas
Imundas se desfará sobre os pés dos
Justos por que não a aquele que possa
Subornar o tempo e o destino, maior
Que o poder ostentado pela corja
É o daquele que tudo ver com olhos
Como chamas de fogo e quando o
Velho pecado for extinto tudo se
 Fará puro, tudo se fará novo.

Subb

Logística do mal

Molestada foi originalidade dos
Direitos, daquilo que foi instituído
Para o bem de cada homem. O assédio
Foi ofensivo e invasivo foram profanadas
E salteadas as consciências,  o estupro
Deixou até hoje e sabe-se lá até
Quando o gosto amargo do dinheiro
No paladar.  O sangue que escorreu
Por entre as pernas da humanidade por
Tão bruta agressão faz enojar a terra.
Assedio e pedofilia contra a inocência
Dos inocentes, o beijo forçado e iludido
Dada a ilusão das mentes que não sabem
Que seus pensamentos e sentimentos
Foram e estão sendo industrializados
Por que para o ofensor somos apenas
Produtos de seus negócios sujos, nunca
Ouve o interesse real pelo bem das massas
E todos os acordos os “programas humanitários”
Não passou de demagogia, a integridade
Foi violentada, foram apenas negócios. 

Subb

domingo, 25 de dezembro de 2011

Engano

Enquanto é dado o canto pelas vozes
Que “professam a fé” o que foi tido
Por vigário escuta em silencio...  no
peso de sua mente pela verdade que
sabe e a mentira que não se faz evidente.
O esplendor das catedrais em suas
Grandiosidades com todo seu corpo
Docente não pode excomungar do pecado
A liberdade, meros rituais, mera liturgia
E o vigário em “reverencia” tanto quanto
Sendo reverenciado respira tão pouco
Leve da santidade distanciado.  Deus é
O que é e não o que é dito, os “oráculos
E os profetas” são cegos por que de nada
Testificam a não ser de seus próprios
Enganos e suas visões são paradigmáticas.
E o vigário tão velho, tão cansado e tão
Pálido, tão cálido tomado pelo breu do que nada
Entendeu apenas ostenta suas vestes
Cerimônias e seu cajado, nada mais, não
Ouve o entendimento apenas religião.  

Subb

domingo, 11 de dezembro de 2011

Camaleão

Não um mero poeta, não mais um,
Mas sim um arquiteto, um arquiteto
De mundos onde neles ponho a quem
Quero. Sou um feitor, faço emergir
Sensações, por minhas palavras ebulições
Eu simplesmente faço o que quero.
Eu posso ser um deus ou o diabo
Eu posso falar apenas para provocar
Ou quando me for dado à importância
Em palavra ficar calado. Não um mero poeta,
Não apenas mais um, sei bem o que sou
E bem o que não quero ser, mas posso me
Me fazer, posso ser qualquer pessoa
Para qualquer pessoa e ninguém nunca
Saberá de meus demônios posso fazê-los
De anjos, minhas mentiras em verdades e
Minha loucura em normalidade, apenas
Não me permito ser legalista, por que se
Assim fosse poeta como sou não seria.

Sub

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

r31

1A questão de ser é tão auto sugestiva quanto a  ideia do conceito em si, é apenas uma coisa nossa, apenas uma coisa humana mas mesmo assim insistimos em ser, apenas somos no risco do achismo.

Sub

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Dias de trevas

Hoje é mais um dia em que sobrevivi,  acordei meio amargo por que sonhei que tudo tinha sido apenas um pesadelo, e quando sai lá fora vi que continua sendo.  O que me deixou um pouco animado é que hoje cedo quando sai da caverna percebi que estava fazendo um friozinho, achei meio estranho, por que desde de as grandes explosões o clima estava sempre abafado, acho que o planeta pode esta se reestruturando aos poucos  passados 3 anos dos  grandes acontecimentos. Mas mesmo assim ao olhar para o horizonte, olhar tudo em volta, e ver tudo tão acabado, olhar e não ver uma única árvore, um único fio de grama, minha alma se perturba e acabo por pensar:
“ Malditos... eles conseguiram...!”
Voltei para dentro da caverna não dava para saber que horas eram ao certo, por que depois dos cataclismos “naturais”, provocados pela  burrice do homem, o tempo ficou inconstante, os pólos se moveram a própria rotação e posição da terra foram alterados. Nós os sobreviventes não temos muita idéia de hora, dia e noite, eu minha família e amigos nos baseamos em um  relógio de cordas que eu por acaso guardava como antiguidade.
Mas bem, entrei e pelo que o relógio indicava eram sete horas da manha, chamei a todos para que pudéssemos fazer uma oração para agradecer-mos  por mais aquele dia, era costume nosso, depois eu meu pai, meu irmão e mais dois amigos,  saímos para caçar depois de comer alguma coisa improvisada, os demais ficaram na caverna, alguns em torno dela catando alguns galhos para ascender uma fogueira.
Eu e os que estavam comigo estava-mos na caça, eu e meu pai levava-mos conosco pistolas, só nós dois tinha-mos armas por sermos os lideres do grupo, os outros tinham como armas apenas, facas, lanças e facões.  Enquanto passava-mos na margem de um lago, vimos na outra margem do outro lado um grupo de pessoas,  um clima tenso se fez, tanto eles quanto nós ficamos todos desavontades e apreensivos. Eu não estava a fim de gastar munição, então resolvi fazer contato e gritei para eles:
_ Opa... tudo bem ai, de onde vocês são?
Um homem magro, auto e com feição de sofrido respondeu:
_ Nós estamos  vindo do leste, tivemos que deixar nosso abrigo lá, aquela região foi tomada por meliantes, um grupo  de homens sanguinários que saqueiam os que ainda tem alguma coisa.
_ Ah, entendi, boa sorte então na caminhada de vocês, vão em paz.
Disse eu a eles, eles agradeceram e continuaram a caminhada sabe-se lá para onde pois em toda terra só havia destroços, resquícios  do que um dia já foi .  Minha alma se entristeceu quando percebi  algumas crianças nesse grupo, as coitadinhas estavam magras, esfarrapadas e sujas  mas eu não podia chamar eles pra nosso abrigo, em épocas como essas é cada um por si. 
Continuamos  concentrados em nossa caça e minutos depois tivemos a sorte de encontrar  uma cobra,e um solitário gato do mato, já dava pra quebrar um galhão, assim que estava-mos com a caça em mãos tratamos de voltar o mais rápido possível para casa, coisa de quarenta minutos de caminhada. Na volta eu pensava comigo se aquele grupo de pessoas tiveram sorte de encontrar alguma coisa para se alimentarem, algum abrigo em fim.
Já era tardezinha quando chegamos  na caverna, o fogo já estava aceso   e todos estavam em volta, minha alma se contritou quando eu olhei as feições de todos que estavam ali, por um minuto viajei, voltei anos no tempo, quando estava eu e minha família em nosso humilde mas aconchegante lar, lembrei de momentos felizes que em vez de me darem  algum alento me deixaram  mais triste. È que quando percebi a amargura, tristeza e falta de perspectiva nos olhares de todos daquela caverna eu pude sentir em mim a aflição de cada um, foi quando prometi para mim mesmo que lutaria até o fim por todos.
A noite chegou, e cada um estava em seu cantinho, todos calados e compenetrados em seus próprios pensamentos, era como se eles estivem em outro lugar, e na verdade, era o que todos nós ali desejava-mos. Eu estou aqui no meu canto também, tentando crer em dias melhores, preciso ser forte por minha família e amigos que compõe esse grupo que já estão cansados de migrar de abrigo em abrigo caverna e caverna, e pensar que já passamos tantas coisas juntos, alias antes de tudo isso acontecer eu nunca vi tamanha união e disciplina. Infelizmente é assim, alias teve que ser assim, foi só em tempos como esses que eu pude ver a verdadeira união entre os homens e mesmo assim ah ainda quem possa ser mal, talvez isso tivesse que acontecer mesmo para que os que sobrevivessem não esquecem dos motivos que levaram  a esses resultados. Talvez agora, se o mundo tiver uma segunda chance, as coisas sejam feitas da forma correta e que essas conseqüências nos sirvam de lição, tomara, espero mesmo, mas não sei, não sei se o mundo um dia voltara a brotar novas oportunidades e florir novas esperanças. Até que temos resistido bem, temos encontrados muitas pessoas em nossa caminhada, encontramos ainda algumas dezenas de grupos, pessoas vindas de lugar nem um indo para lugar algum. Desejo mesmo do fundo de minha alma que essa lição que nos foi dada seja aprendida e entendida por nós e que possamos fazer tudo diferente. Hoje mesmo de manha, tivemos contado com outro grupo de uma região bem próxima daqui, eles nos disseram que um grupo de saqueadores sanguinários estava se encaminhado para cá, isso quer dizer que hoje mesmo, no máximo amanha vamos ter que pegar nossas coisas e partir, de novo!
Mas em fim, não há muito o que possa ser feito, logo mais vou chamar os homens do grupo para tomarmos a decisão de quando e para que região irmos, espero que possamos resistir  esses tempos vindouros, e possamos sobreviver, mas quer saber? Na real eu invejo os que já partiram dessa para melhor pois eles nada vêem, nada sofrem, já encontraram seu descanso, porem até aqui ainda vivo e preciso ser forte por mim e pelos demais, até aqui ainda tenho esperanças. Não sei se essa história vai ter um final feliz, se tiver vocês não saberão até por que já estou no restinho do meu lápis e não tenho mais papel para registrar mais nada, isso foi apenas o que restou.

Sub

“Fora da lei”

Censure-me se for capaz
Nada pode tirar minha paz
Processe-me se puder
Minha lei eu invento não
O perfeito, não o correto
Eu  posso fazer o que quiser
Sou poeta, para mim não
Existe regras como existe
Para um atleta. Tente me
Entender decifre-me então
Você nunca vera após meus
Portões e por minhas palavras
Nunca terá a compreensão.
Me leve a jure, me mate
Ou você pode apenas tentar
 Pode até conseguir porem
Minha morte valera mais que
Sua  vida. Eu sou louco
Mas sou normal, eu erro  mas
Acerto, sou poeta tudo me
Satisfaz e  nada me  completa.

Sub

Vazio

Eu não sinto mais, e nem faço
Questão de sentir, talvez um vivo
Morto acostumado com a escuridão
Que sente prazer na solidão que
Corrói e degrada toda sensibilidade
Que não esta nem ai pra mentiras
Ou verdades.  A existência pouco
Importa, apesar de a mesma ser meu
Motivo de lamúria e de alegria.
Às vezes nostalgia e às vezes
Letargia , felicidade quem diria!
Felicidade é para os ignorantes
Antes busco o equilíbrio, não me
Permito ser vitima de euforia
Na falsa sensação de alegria
Quando vem o vento e leva
Deixando apenas o que seria.
Sentir, dádiva é maldição
Prazer e corrosão, o que é
Isso, para que serve a ilusão?
Eu não sinto mais, e nem faço
Questão de sentir.

Sub

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Toque

Beije-me dama de minha alma
faça encontrar seus lábios aos
meus, proporcione a cura em
mim pela essência  de tua boca.
A muito estou morto, minha alma
Jaz em atrofio, e minha própria
consciência não sente falta do
amor de uma mulher, mas sinto
que um tímido raio de luz surgiu
e penetrou a escuridão do ser
e afirmo que essa luz exalou de
você, foi bem mais que um raio,
foi todo um esplendor, mas o pouco
que me alcançou causou efeito e
mudança aqui dentro. Ressuscitei
por que tu causaste a vida em mim,
um reinicio, penso agora se darás
a chance pra essa semente que aqui
germina  se tornar uma  arvore,
uma que possa produzir bons frutos.


 Subjett