quinta-feira, 29 de março de 2012

Contente ao descontentar-se

Um poeta de muitas palavras
E poucos recursos a não ser
Os das palavras mesmo.
Um poeta de muitos sentimentos
Mas de amores que não pode ser
Tido como amor a não ser o pela
Própria poesia.
Um poeta de tantos sonhos
Mas sem ao menos uma realização
Por que no mundo que não é o seu
As pessoas são vivas por sim mesmas
Um poeta que ainda acredita mesmo
Quando a razão tenta camuflar a
Certeza de que a fé ainda é um poder
E faz o que os olhos ainda não viram.
Um poeta descontente, mas que
Contenta-se com suas meras palavras
Vindas sabe-se lá de onde e para quem
Quer que possam ler e sentir.
Um poeta não mais que um poeta.

Subjett

Nas minhas veias

Esse arquétipo aqui ...
É isso mesmo, por dentro
Não é tão diferente, e por
Fora cada vez mais parecido
Com dentro. Não tenha medo
Sombras não matam, não
Tocam e não fazem mal
Apenas reflete a imagem
De quem é... de quem ela
Reproduz as formas e os traços.
Esse arquétipo aqui ...
O evidente ao olhar nada pode
Dizer, mas por traz de mim
Anjos e demônios se esquadrilham
E dessa receita o gosto só sabe-se
Provando, e se for bom, e se for mal?
Não se aposse de meu mistério
Se não for pária, mas se for
Deguste-me sem pudor
O  mal e o bem desse mundo
Não pode ser mais que o meu.

Subjett

terça-feira, 27 de março de 2012

O valor que tem

É só isso? Eu não quero!
È só uma coisa orgânica
Corrutível pelo tempo.
Eu não faço questão pela
Preferência majoritária,
Beleza não é a que esta posta
 A mesa. Me convença
Com seu intelecto, me
Conquiste com seu afeto
Faça-me querer, me contagia
Naturalmente como aquela
Torrente de bem estar que
Simplesmente vem, nos
Toma e nos faz predisposto.
Faça acontecer, eu permito,
Seja você. Não me exponha
O que acha que é atraente
Minha lucidez não me deixar enganar
Minha percepção não mente.
Entenda, sinta e exercite a
Compreensão.

Subjett

quarta-feira, 14 de março de 2012

Dantes

Eu me lembro dos velhos amigos
Dos velhos e dos novos, que estão
Tão longe mesmo atando perto.
Eles se fizeram esquecidos, não por
Meu esqueci mento, mas por seus
Próprios relentos, eu não desejo
Agradecimentos em amizades não
A favorecimentos. Eu fico por meus
Limites, por minha redoma, mas os que
Se fizerem valorosos terão acesso,
Estes então chamarei verdadeiramente
De amigos.

Subjett

Subsistência

Será que a muito tempo
Deixei de existir essa sensação
De mim são apenas pensamentos propagados
Pelo tempo? Será que esse sou eu,
Rascunhos do que vou ser ou
Aspectos abandonados por alguém
Desprezados por si mesmo lançados
Para o além? Será que esse sentimento
É castigo ou maldição, será que tudo
Isso são reflexos vindos de outro de mim
De outra dimensão.  Estou sendo, estou
Vivendo, querendo não sentir, mas querendo
Saber. Respostas talvez quando a única
Certeza são as perguntas.

Suebjett

sexta-feira, 9 de março de 2012

Se tiver certeza

Não olhe para mim se não for me ver
Não me toque se não for me sentir
Não me elogie se não entender o valor
Não me ofereça seu corpo e não
Deseje o meu não procure achar
Motivos  e não desfaça dos que
Verdadeiramente  teria sentido.
Só quero seu beijo se for por vontade
Seu gozo se for por verdade e por
Consequência seu gemido. Não quero
Seu amor prometido, eu o desejo
Como que por gênese surgido.

Subjett

quarta-feira, 7 de março de 2012

De tantas definições

 A poesia por si só acontece
E o poeta é um mero canal
Pelo qual ela trafega e flui.
Ela esta em todo canto faz
Parte de tudo que compõe
O todo,  esta impregnada na
Própria existência, é contrariedade
E a equivalência é as palavras
É o silencio não tem lógica
Mas proporciona na alma
Dos afetos o entendimento.

Subjett

Quântico

O vento sopra seus mistérios
Segredos que só o silencio das
Águas os sabem. A noite esconde
A face que o sol vem trazer a luz
O éter que tanto se oculta mesmo
Estando presente e trama junto
Ao átomo na facção da entropia
Na dança da energia, e o mistério
Continua opaco, mas mesmo sendo
Assim existe algo, mesmo não
Sendo claro.

Subjett

Sustentável

Por que se apegar ao inserto
A falsa promicidade? Promessas
São tão inconsistentes quanto o
Espaço tempo, como não se sabia
Que era e por isso só o tempo
Pode mostrar, mas não pode garantir
O cosmos tem seus segredos assim
Como tem seus estudiosos em busca
Do inserto, porém vale mais desdenhar
A si mesmo não buscar promessas em
Palavras levianas e oscilantes ser o mesmo
Não sendo aquele de antes.


Subjett

Por consequência

Acreditar que foi o destino
E se isentar da culpa, o
Destino nunca foi se não
Por nossas ações. Hoje foi
O destino dos atos de ontem
E amanha será dos de hoje.

Subjett

terça-feira, 6 de março de 2012

Fuga

O mais profundo mar
O mais longínquo do universo
O mais obscuro segredo.
Todas essas coisas são tão
Menos misteriosas ante
Ao amor, é tão misterioso
E perturbador, é tão perigoso
Puro e psicótico quero esse
Doce, quero esse amargo.
É tão metafísico, tão carnal
E espiritual, é tão psicológico
E tão afetivo é tão explicável
E não entendível. Mas é...
Não quero, mas o quero
Acho que estou louco por
Culpa dele, maldito e abençoado
O amor é... eu não quero 
Mas desejo, eu o odeio
Mas amo mesmo odiando
Amar, quero ser razão
Sentimento não, mas o amor é...
No mais profundo mar vou
Afogar-me, deixar abraçar-me
Pelas escuras e profundas águas
Lançar-me aos universos
Me envenenar nos gases que
Em ebulição se transformam
Em estrelas, quem sabe assim
Não mas amor, ou muito mais
Quem sabe, eu nunca saberei.

Subjett

segunda-feira, 5 de março de 2012

Contravenção ideológica

Eu vejo os bares e as igrejas
Sorrisos falsos outdoor, o que
Foi dito foi por fé ou motivação?
Nos bares a discussão, o futebol
E a cerveja aliados a ignorância
Nas igrejas a fé cega pregoada
Sem mais elucidação. Felicidade
É para os ignorantes que se contentam
Com um gol, se emocionam com a
Novela e engolem as propagandas
Se fartando de ilusão. Parece que a
Doce mentira faz bem mais ao paladar
Mas para os lúcidos outdoor é apenas
Inanimação nada que fala de nada por
Materialismo e os falsos sorrisos
Patrocinam toda essa piada que não
Tem graça neuma.

Subjett