quinta-feira, 29 de março de 2012

Contente ao descontentar-se

Um poeta de muitas palavras
E poucos recursos a não ser
Os das palavras mesmo.
Um poeta de muitos sentimentos
Mas de amores que não pode ser
Tido como amor a não ser o pela
Própria poesia.
Um poeta de tantos sonhos
Mas sem ao menos uma realização
Por que no mundo que não é o seu
As pessoas são vivas por sim mesmas
Um poeta que ainda acredita mesmo
Quando a razão tenta camuflar a
Certeza de que a fé ainda é um poder
E faz o que os olhos ainda não viram.
Um poeta descontente, mas que
Contenta-se com suas meras palavras
Vindas sabe-se lá de onde e para quem
Quer que possam ler e sentir.
Um poeta não mais que um poeta.

Subjett

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