Quando deixamos alguém, quando abandonados uma idéia ou
simplesmente deixamos de crer, as coisas também nos deixam. Estamos ligados ao universo, estamos ligados
a todos e a tudo, isso quer dizer que o impensado poderia esta logo à frente na
esquina da vida, e ao deixarmos de crer, ao abandonarmos, desligamos nossa
mente e nossa vontade fios de acontecimentos vindouros se desconectam de nós.
Nunca saberemos, não poderíamos fazer idéia de tantas e
tantas coisas boas ou até mesmo ruins que foram freadas, desviadas de nós a
partir do desligamento, do abandono, e então toda nossa vida à frente e mudada.
Não vou dizer futuro, não creio no mesmo, acredito que o
futuro acontece a cada milésimo que se passa, existe apenas consequência de atos,
de pensamentos e de sentimentos. É claro que isso é metafísico de mais,
demasiado fantasioso em um mundo de resultados, de práxis, por assim dizer.
Infelizmente as pessoas só vêem, mas não enxergam, não sentem e não intuem, e é
por isso que a “realidade” é tão dramaticamente concreta tão brutalmente sólida
e ofensiva.
Achamos que somos dono do tempo, que o controlamos e o
confinamos em cronologia, em horas e fatos,...fatos! Eu dou risada dos fatos,
dou risada e ironizo por que os fatos não levam ao mundo das idéias, mas as
idéias sim levam aos fatos.
E os que abandonam e deixam de crer eram esses mesmos que se
sustentavam em fatos, sinto pena deles, pois não sabiam que o mundo dentro da
cabeça deles não era o mundo em essência e em verdade ultima.
Quando desligados da essencialidade, moribundos no universo
são também desprezados pelo que lhe faria ser o que era ser algo ou alguém, por
que ninguém é por si só, mas pelo conjunto da criação, a unidade.
É tão maravilhoso poder sentir o invisível, ver com os olhos
da fé, não me refiro a fé dogmática, mas a fé intrínseca da certeza de que
existe algo maior, e que nada foi, nada existiu por um mero acidente
universal.
18\09\2014
Subjett
Nenhum comentário:
Postar um comentário