quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Fios

Quando deixamos alguém, quando abandonados uma idéia ou simplesmente deixamos de crer, as coisas também nos deixam.  Estamos ligados ao universo, estamos ligados a todos e a tudo, isso quer dizer que o impensado poderia esta logo à frente na esquina da vida, e ao deixarmos de crer, ao abandonarmos, desligamos nossa mente e nossa vontade fios de acontecimentos vindouros se desconectam de nós.
Nunca saberemos, não poderíamos fazer idéia de tantas e tantas coisas boas ou até mesmo ruins que foram freadas, desviadas de nós a partir do desligamento, do abandono, e então toda nossa vida à frente e mudada.
Não vou dizer futuro, não creio no mesmo, acredito que o futuro acontece a cada milésimo que se passa, existe apenas consequência de atos, de pensamentos e de sentimentos. É claro que isso é metafísico de mais, demasiado fantasioso em um mundo de resultados, de práxis, por assim dizer. Infelizmente as pessoas só vêem, mas não enxergam, não sentem e não intuem, e é por isso que a “realidade” é tão dramaticamente concreta tão brutalmente sólida e ofensiva.
Achamos que somos dono do tempo, que o controlamos e o confinamos em cronologia, em horas e fatos,...fatos! Eu dou risada dos fatos, dou risada e ironizo por que os fatos não levam ao mundo das idéias, mas as idéias sim levam aos fatos.
E os que abandonam e deixam de crer eram esses mesmos que se sustentavam em fatos, sinto pena deles, pois não sabiam que o mundo dentro da cabeça deles não era o mundo em essência e em verdade ultima.
Quando desligados da essencialidade, moribundos no universo são também desprezados pelo que lhe faria ser o que era ser algo ou alguém, por que ninguém é por si só, mas pelo conjunto da criação, a unidade.   

É tão maravilhoso poder sentir o invisível, ver com os olhos da fé, não me refiro a fé dogmática, mas a fé intrínseca da certeza de que existe algo maior, e que nada foi, nada existiu por um mero acidente universal.  

18\09\2014
Subjett

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